21/05/2007

O que é a bicicletada?

Baixe o panfleto da Bicicletada aqui (.doc)

Uma vez por mês, nós ciclistas tomamos as ruas para pedalar e celebrar o uso da bicicleta como um meio de transporte divertido, ecológico e saudável. Durante essa simples pedalada coletiva, uma série de questões vem à tona. Por que existe tanto espaço destinado ao tráfego de automóveis e, consequentemente, tão pouco espaço para o convívio dos habitantes “não-motorizados”? Por que sempre temos que pedalar espremidos pelos cantos das ruas ou sermos enlatados em ônibus superlotados? Por que os governos gastam montanhas de dinheiro para incentivar o uso de um veículo que apenas uma minoria pode comprar e que é tão oneroso para todo o restante da sociedade?

Segundo dados do SIATFOR, a cidade de Fortaleza possui mais de 450 mil veículos que causam um acidente a cada 23 minutos, um atropelamento a cada 3 horas e uma morte por dia. Além daqueles que o automóvel mata e mutila diariamente nos “acidentes de trânsito”, outros milhares sofrem com guerras e conflitos gerados pela sua necessidade de petróleo, que, ao ser queimado, ainda se transforma na principal causa da poluição urbana, contribuindo com o aquecimento global e o agravamento de doenças respiratórias.

Por tudo isso, a bicicletada é uma ação que, ao criar condições favoráveis ao uso da bicicleta, contribui significativamente com a melhoria da vida nas cidades. Nossa atuação é na rua, nossas ações se dão no asfalto, junto a motoristas, pedestres, ciclistas e quem quer que compartilhe o espaço urbano com seus semelhantes.

POR QUE A BICICLETA?

Simplesmente porque a bicicleta é um meio de transporte ecológico, pois não polui e utiliza muito menos matéria-prima que o carro; barato, logo, acessível a todos; saudável, pois é uma atividade física recomendada para pessoas de todas as idades; ocupa pouco espaço, acabando com engarrafamentos e tornando desnecessários tantos estacionamentos; além de ser divertido e não agressivo.

Pode-se ainda acrescentar uma série de qualidades citadas por Caroline Granier: “O ciclista é o oposto do ‘automóvel’: mesmo em cima de sua bicicleta, ele conserva todo seu livre arbítrio, pode ir onde quiser, estacionar onde achar melhor... Ele não ameaça constantemente a vida de seus vizinhos. Está a escuta de seu exterior: em vez de se blindar medrosamente se rodeando de aço, ele imerge corajosamente em seu meio-ambiente – que evita, além disso, poluir.”

A BICICLETA E O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Deveres dos motoristas:
Art. 96
- A bicicleta é um veículo, tanto como o carro.
Art. 201 - Ao ultrapassar uma bicicleta, guarde uma distância de 1,5 metros.
Art. 220 - Ao ultrapassar uma bicicleta, reduza a velocidade.
Art. 58
- Se não for possível ultrapassar, aguarde sua vez - nas vias de rolamento a preferência é do ciclista.
Art. 39
- Ao virar a esquerda, direita ou retorno, dê a preferência ao ciclista.

Deveres dos ciclistas:
Art. 58
- Onde não houver ciclovias ou ciclofaixas, o ciclista deve andar no lado da pista, no mesmo sentido da via.
Art. 59
- Não ande na calçada, a não ser quando indicado pela sinalização.
Art. 68 - O ciclista desmontado, empurrando sua bicicleta, equipara-se ao
pedestre.
Art. 105 - Use os equipamentos obrigatórios: retrovisor esquerdo,
campainha e refletores (dianteiro, traseiro e lateral).